O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, teve sua prisão em flagrante convertida para prisão preventiva, após passar por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (11).
Ele foi preso ao se entregar à polícia e assumir a autoria pela morte do sem-teto Ney Müller Alves Pereira, 42.
A decisão que manteve a prisão é do juiz da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, João Bosco Soares da Silva.
O acusado foi preso em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e cometido por meio de emboscada.
Em depoimento ao delegado Edison Pick, Luiz Eduardo afirmou que não estava com raiva, nem ódio no momento do crime.
“Ele disse que estava tranquilo, mas não soube explicar o que passou na cabeça dele naquele momento”, contou.
Relatou ainda que tinha acabado de chegar ao restaurante com a família quando o dano em sua Land Rover aconteceu. Ele não flagrou o ato, só soube depois. Mas, ainda assim, voltou para o restaurante, jantou e deixou a família em casa. Só depois teria ido procurar a polícia e ao encontrar Ney Muller, atirou contra ele.
O juiz determinou, ainda, que, devido ao fato de o investigado ser advogado, ele será encaminhado para a Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), onde há estrutura adequada para recebê-lo.
O caso
O crime que vitimou Ney Muller Alves Pereira ocorreu por volta das 21 horas, na avenida Edgar Vieira, a rua 1, do bairro Boa Esperança, em Cuiabá.
Segundo informações, o autor do crime estava em um veículo Land Rover quando chamou a vítima, que ao se aproximar, foi atingida pelo disparo. Após o crime, o procurador fugiu do local.
Diligências da Delegacia de Homicídios (DHPP) começaram ainda na cena. No dia seguinte, já na quinta-feira (10), no período da tarde, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, se apresentou à polícia e foi preso em flagrante por homicídio.